PARAMAHANSA YOGANANDA

A) EXERCÍCIOS PRELIMINARES
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PREPARAÇÃO ESPECIAL PARA A PRÁTICA DE KRIYA

1. Lubrifique a garganta com umas gotas de azeite de oliva ou com manteiga derretida e sem sal, ou também com óleo vegetal. Ponha o azeite na língua e deixe-o que corra lentamente até a garganta.
2. Os seguintes exercícios preliminares lhe darão uma idéia das sensações sedantes de frescor e calor que o estudante experimentará quando fizer circular a energia vital pela espinha durante a prática de Kriya.

EXERCÍCIO PRELIMINAR

Feche os punhos formando um pequeno tubo oco. Coloque o polegar direito contra o mindinho esquerdo; depois coloque o punho esquerdo junto à boca aberta [como se os punhos formassem um tubo parecido a uma flauta colocada junto aos lábios para soprá-la].

Lentamente inale pela boca absorvendo o ar pelo tubo que formou com os mãos. Observe a sensação fresca dentro das mãos à medida que o ar entra. Depois exale pela boca prestando atenção na sensação de calor que parece escorrer para dentro das mãos que formam o tubo. Estas duas sensações de calor e frescor você sentirá na espinha durante a prática da técnica de Kriya Yoga.
Repita várias vezes a inalação e a exalação através das mãos cerradas concentrando-se nas senções frescas e quentes que se alternam à medida que se inala e se exala. Continue inalando e exalando mas transferindo mentalmente as sensação de frescor e calor para a garganta, retirando os punhos da boca e colocando as mãos com as palmas para cima sobre as coxas, na união com a região abdominal. Continue inalando e exalando, mas agora transfira mentalmente para a espinha dorsal as sensações de frescor e de calor que você sentiu na garganta. Esta última troca de sensações e da atenção não é difícil, já que a espinha se encontra imediatamente atrás da garganta. A concentração inicial na transferência das sensações de frescura e de calor dos punhos até a garganta e depois da garganta até a espinha, tem por objetivo estimular o movimento das correntes de energia vital pela espinha. Quando, com a prática, de Kriya Yoga começa-se a sentir alternadamente a corrente morna e fria na espinha, estas correntes serão o objeto de sua concentração.
O exercício anterior, com os punhos formando um tubo, não é a técnica de Kriya. Mas sua prática termina quando o estudante está apto para praticar a verdadeira técnica de Kriya-Yoga.

VISUALIZE A ESPINHA DORSAL COMO SE FOSSE UM TUBO OCO

Visualize agora a coluna vertebral como se fosse um tubo oco que se estende da base da espinha [cóccix] até a base do cérebro [medula oblongada], onde depois forma um arco até adiante através do cérebro terminando no centro da Consciência Crística entre as sobrancelhas. A prática de Kriya Yoga permitira ao estudante sentir a força vital ascendente [com uma sensação sedante de frescura] e a descendente [como uma sensação morna que desliza] dentro deste tubo cérebro-espinhal imaginário e oco.

B) PRIMEIRO KRIYA
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A TÉCNICA DE KRIYA YOGA

Com as pálpebras semi-cerradas ou completamente fechadas, mantenha os olhos voltados para cima e fixe a vista sem esforço no ponto entre as sobrancelhas.

EXPANDA A GARGANTA

Expanda a abertura da garganta levando a ponta da língua para trás no palato tanto quanto seja possível. [Não faz mal; a expansão da garganta aparece naturalmente quando se consegue pratica em levar a língua para trás]. Faça a língua voltar a sua posição normal, mas mantenha a mesma expansão da garganta que foi conseguida ao levar a língua para trás.

INALAÇÃO
[Sinta a corrente ascendente]

Agora inale calma e lentamente, fazendo levemente audível o som de “o” na parte profunda da garganta expandida. Durante a inalação o som deve ser contínuo “oooooo” [sem haver interrupções, por exemplo: “o; o; o; o”]. A duração da inalação deve ser de 10 segundos [ou até quinze].
Imagine que o alento ascende sereno e suavemente pelo interior do canal cerebro-espinhal imaginário [no lugar de entrar e sair dos pulmões]. Durante a inalação, sinta a sensação de frescura na garganta, concentra-se no som de “o” e mentalmente transfira a sensação de frescura e o som de “o” para a espinha. Sinta que o alento fresco está subindo desde o cóccix na base da espinha com o som de “o” e se move para cima pela espinha até a medula, e depois forma um arco até à frente, pelo cérebro, chegando no extremo deste tubo cérebro-espinhal imaginário no ponto entre as sobrancelhas [o centro da Consciência Crística]. Sinta que o alento sobe pela espinha com uma sensação de frescor [semelhante ao que se produz ao inalar através dos punhos fechados].

A primeira parte de Kriya consiste no seguinte: Inalar sereno e suavemente [por 10 a 15 segundos], fazendo o som de “o” na parte profunda da garganta expandida e sentindo que o alento é uma corrente fresca que está subindo pela espinha desde o coccxi até o centro da Consciência Crística com o som de “o”.

Depois de levar a corrente fresca até o centro da Consciência Crística, faça uma breve pausa; é suficiente contar até 3.

EXALAÇÃO
[Sinta a corrente que desliza]

Exale lentamente contando até 10 ou 15, fazendo um som de “i i i” ligeiramente audível e contínuo na parte superior da garganta expandida. Sinta que o alento é morno como uma corrente que desliza regressando da frente do cérebro e da medula oblongada. Sinta que esta corrente quente e fina como um fio flui lentamente em uma forma doce e calma para baixo da espinha dirigindo-se para o cóccix. Sinta a mornidão na garganta e concentre-se no som de “i i i” e mentalmente transfira essa sensação morna e o som de “i i i” para a espinha, imaginando que o alento morno está descendo pela espinha com este som fino de “i i i”.
Um Kriya consiste em uma prática de inalação e exalação na espinha tal como foi descrito. Pratique continuamente, sem interrupção, até que tenha terminado 14 Kriyas. Se você for uma pessoa inquieta pratique a técnica de concentração de JONG-SO até que sua mente e seu alento se tenham alcamado. Pratique depois Kriya. Se não fizer corretamente um Kriya, inicie novamente e faça-o corretamente desde o início.
Recorde os seguintes pontos importantes na prática de Kriya:

1. Introduza-se mentalmente na espinha dorsal. Ponha toda a sua mente e o sentimento ali.
2. A inalação e a exalação devem ser lentos e de igual duração.
3. Não permita interrupções no alento, tal como “o; o; o”. O som deve ser contínuo: “oooooo”; “iiiiii”.
4. Mantenha-se relaxado, não deve ter tensões. Desfrute do acesso de paz e das sensações doces e calmantes que tem um efeito regenerativo na espinha dorsal e que acompanham a prática de Kriya desde o princípio.
5. Mantenha-se atento durante a prática; faça cada Kriya sentindo sua importância. Na escada do desenvolvimento espiritual, um Kriya praticado corretamente equivale a um ano de progresso espiritual natural.

QUANDO DEVE SER PRATICADO

Somente permite-se ao estudante praticar no princípio 14 Kriyas pela manhã e 14 Kriyas à noite. A prática pela manhã deve ser sempre antes do café da manhã; a prática noturna de 14 Kriyas pode ser antes do jantar, ou depois de 3 horas de haver jantado e antes de dormir. Nunca pratique com o estômago cheio, mas sim no tempo especificado anteriormente.


C) MEDITAÇÃO
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MEDITE DEPOIS DE PRATICAR KRIYA

Depois de praticar Kriya permaneça na postura de meditação por no mínimo 10 a 15 minutos [quanto mais tempo melhor], esforçando-e por sentir mentalmente a corrente vital que sobe e desce pela espinha. Com a contínua concentração começara a sentir e a obter sem fazer esforço um estado sem respiração no que a meditação pode produzir mais facilmente a consciência de Alegri e Bem aventurança Cósmicas. A profundidade da concentração é mais importante do que a sua duração, mas ambas são necessárias para adquirir um desenvolvimento espiritual avançado. Organize suas atividades de tal maneira que pelo menos uma vez na semana possa ter uma meditação longa [de três horas se possível] no que poderá praticar as demais técnicas da SRF [JONG-SO e escutar o som de OM] antes de fazer as 14 kriyas e depois sentir submergindo num longo e profundo silêncio

D) MAHA MUDRA
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A finalidade da técnica de Kriya Yoga que foi explicado na lição de Kriya 5, consiste em magnetizar a coluna vertebral fazendo circular conscientemente a força vital [as correntes de energia da vida] para cima e para baixo, dentro da coluna vertebral. O corpo absorve oxigênio adicional durante a respiração especial que acompanha a prática de Kriya Yoga. O oxigênio adicional se transforma em energia vital. Quando sobe e desce contínuamente pela coluna vertebral, a força vital cria um dínamo de energia que, semelhante a um ímã, atrai para a coluna vertebral determinadas correntes de energia vital dos nervos sensitivos. Uma vez que a mente, por este meio, se desconecta das sensações corporais, ela pode então mudar o centro de seu conhecimento localizado no corpo físico até o altar de Deus que se encontra na coluna vertebral. Ao desconectar as percepções sensitivas que surgem da região limitada da matéria, o yogue torna-se consciente das esfera ilimitada da Consciência Cósmica mediante as percepções suti da coluna vertebral.

O PROPÓSITO DA TÉCNICA DE MAHA MUDRÁ
A técnica de Maha Mudrá consiste em praticar Kriya Yoga em uma determinada postura que será descrita mais adiante. Maha Mudrá é um método simples mas imensamente efetivo para estimular a distribuição adequada do prana [correntes vitais] ao longo da coluna vertebral e para alinhá-la. A prática correta de Maha Mudrá distribui por igual a energia vital em todas as diversas partes do corpo. Deve ser praticada 3 vezes pela manhã e 3 vezes de noite, antes de praticar os 14 Kriyas. [Não obstante, a causa da eficácia de Maha Mudrá em magnetizar e ajustar a coluna vertebral, esta técnica pode ser praticada sempre que se queira ajustar o corpo.

PREPARAÇÃO

Pelo fato de que Maha Mudrá deve ser feito antes de praticar a técnica de Kriya Yoga [conforme as instruções dadas na lição 5], faça os mesmos preparativos que são feitos para a prática de Kriya, lubrificando a garganta com algumas gotas de azeite de oliva, manteiga derretida sem sal ou óleo vegetal.

Coloque um cobertor de lã sobre o piso ou sobre uma cama rígida que não vai arquear-se.

A TÉCNICA DE MAHA MUDRÁ
MAHA MUDRÁ – 1ª. PARTE
Sente-se com as costas retas. Dobre a perna esquerda de tal forma que a planta do pé esquerdo fique embaixo da nádega esquerda. Flexione a perna direita até que a coxa fique tão próxima do tronco quanto possível, enquanto a planta do pé direito descansa totalmente sobre o chão.. Coloque suas mãos, como os dedos entrelaçados, ao redor do joelho direito. [veja a fig nº. 1 da lição Kriya 6-A].
Inale da mesma forma que na técnica de Kriya Yoga, fazendo o som de “ooooo” na parte profunda da garganta expandida quando for ascender a corrente fria dentro do ducto cérebro-espinhal até chegar ao centro da Consciência Crística que se encontra no meio das sobrancelhas.
Retendo o alento, abaixe a cabeça até que o queixo toque o peito; ao mesmo tempo, separe as mãos e estique a perna direita à frente até que ela descanse totalmente no piso. Sem exalar o alento, segure com ambas as mãos o polegar do pé direito, esticando-o suavemente até você, e mentalmente conte de 1 a 6 nesta postura.
Sente-se erguido e levante o joelho direito até que a perna volte para a primeira posição [o músculo colocado tão junto do tronco quanto seja possível]. Só então expire fazendo o som de “iiiiii” na parte alta da garganta alargada, ao mesmo tempo que envia a corrente morna para baixo, pelo ducto cérebro-espinhal até chegar no cóccxi.

MAHA MUDRÁ – 2ª. PARTE
Repita o anterior, invertendo as posições de cada perna de tal forma que ao iniciar a prática, o pé direito esteja suportando o peso da nádega direita e a coxa da perna esquerda fique próxima do ronco, tanto quanto seja possível.

MAHA MUDRÁ – 3ª. PARTE

Sente-se colocando ambas as pernas juntas e encostadas no tronco e entrelace as mãos ao redor dos joelhos. Inale da mesma forma que em Kriya Yoga, fazendo o som de “ooooo” na parte profunda da gargata, fazendo subir a corrente fria dentro do ducto cérebro-espinhal.
Retendo o alento, abaixe a cabeça até que o queixo toque o peito, ao mesmo tempo separe as mãos e estique as pernas à frente até que elas se encontrem totalmente retas. Sem exalar o alento, segure com a mão esquerda o polegar do pé esquerdo e com a mão direita o polegar do pé direito, esticando-os suavemente em direção ao tronco e, ao assim fazer, conte de 1 a 6.
Sente-se de novo mantendo a coluna vertebral reta, colocando ambas as pernas juntas do tronco e as mãos entrelaçadas ao redor dos joelhos. Expire então fazendo o som de “iiii”, ao mesmo tempo em que faz deslizar a corrente morna pela coluna vertebral até chegar no cóccxi.
A execução das instruções anteriores que compreendem 3 partes, constituem um Maha Mudrá. Pela manhã e pela noite pratique essa sequência completa 3 vezes antes de praticar a técnica de Kriya Yoga.



E) YONI MUDRÁ
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SIGNIFICADO E PROPÓSITO DESTA TÉCNICA
Os olhos físicos revelam a matéria; o olho espiritual revela o Espírito. O propósito de praticar a técnica de Yoni Mudrá é ver a luz do olho sensível por meio de um esforço pessoal a fim de encontrar, mediante o olho espiritual, a guia que provém da Consciência Crística Onipresente e Onisciente. Não é possível ver o olho espiritual mediante sugestão; a visualização dele é um fato verdadeiro. Quando a mente e os olhos do yogue se encontram tranquilos e se concentram por completo no centro de percepção da Consciência Crística, localizada entre as sobrancelhas, o discípulo contempla ali a luz do olho espiritual. A técnica de Yoni Mudrá proporcionára ao discípulo este batismo espiritual de luz.
Nosso corpo só é constituído de eletricidade condensada. Ao contemplar a luz do olho espiritual da intuição infalível, compreenderá o que Jesus expressou, quando disse: “A lâmpada do teu corpo é teu olho. Quando teu olho for bom, todo o teu corpo terá luz... Cuide, porém, que a luz que há em ti não seja trevas.” [Lucas 11:34, 35]
A finalidade da técnica de Yoni Mudrá é evitar que a força vital escape pelas aberturas dos ouvidos, nariz e boca, a fim de “capturar” esta energia que será utilizada para iluminar o olho espiritual. Não obstante, para obter os melhores resultados, deve-se seguir fielmente os ensinamentos da Self-Realization, praticando todas as técnicas de meditação profunda, fé e devoção.

Antes de praticar Yoni Mudrá, faça a seguinte oração:

“Pai Celestial, mediante a estrela do olho espiritual
guia-me com Tua sabedoria. Possa minha consciência
seguir a [Paloma] de Luz que desce do céu,
até chegar à Sua Origem, a fim de que eu seja
batizado na Consciência Crística.
Pai Celestial, mostra-me eternamente o olho único;
Venha sempre ao meu encontro no olho espiritual.”

A TÉCNICA DE YONI MUDRÁ

Sente-se na postura de meditação com a coluna vertebral erguida, descansando os pés sobre o chão, o queixo paralelo ao piso, a parte interna dos ombros deve estar tão juntas quanto possível, o peito para fora e o abdômem para dentro. Coloque o dedo polegar da mão esquerda sobre o trágus do ouvido esquerdo e o polegar da mão direita sobre o trágus do ouvido direito. [o trágus é a pequena prolongação carnosa que se encontra na frente da abertura do ouvido].
Coloque suavemente, mas com uma ligeira pressão, a última falange do dedo indicador de cada mão sobre o canto externo das pálpebras fechadas. Coloque os extremos dos dedos médios em ambos os lados do nariz, próximo às fossas nasais.
Coloque o dedo anelar na parte superior dos extremos da boca e os dedos mindinhos na parte inferior.
Com os dedos colocados suavemente nesta posição, inspire fazendo o som de “oooo” com a técnica de Kriya Yoga, fazendo subir a corrente fria pelo canal cérebro-espinhal desde o cóccxis até a ponta situada no meio das sobrancelhas, ao mesmo tempo que dirige a vista para cima, mas sem forçar, fixando a atenção com os olhos fechados no olho espiritual, o centro da Consciência Crística.
Suspendendo a respiração, franza o entrecenho rápido e forte, exercendo simultaneamente uma pressão firme, porém suave, com todos os dedos, a fim de fechar completamente as aberturas dos ouvidos, nariz e boca e sustentar os globos oculares olhando para cima.
Sem expulsar o alento, conte de 1 a 12 [ou mais, se puder fazer sem se sentir mal]. Observe a luz giratoria do olho espiritual: a aurora boreal espiritual.
Retire a pressão dos dedos [mas sem movê-los de suas posições] e exale fazendo descer a corrente pelo ducto espinha e fazendo o som de “iiiii”.
A prática anterior constitui um Yoni Mudrá. Pratique Yoni Mudrá 3 vezes depois de ter praticado os 14 Kriyas [depois de dhyana], tanto de manhã como à noite.
Deve contituir um hábito da prática de 15 minutos dos Exercícios de Energização [VIDE OS EXERCÍCIOS ABAIXO] antes dos períodos de meditação além de dizer a seguinte oração:

“Oh Espírito, Jesus Cristo, Babají, Lahiri Mahasaya, Sri Yuktéswar,
Guru Preceptor Paramahansa Yogananda, santos de
todas as religiões, eu os reverencio a todos. Que Teu amor
e sabedoria se manifestem em mim por sempre e para sempre.
Livre minha senda espiritual de todas as dificuldades
e conduze-me a eterna felicidade e alegria. Pai celestial,
que Teu amor brilhe sempre no santuário da minha devoção e
que eu possa despertar Teu amor em todos os corações.”

1. Foi verificado que a execução de alguns exercícios preparatórios é efetiva para condicionar o corpo para a prática de Kriya Yoga, proporcionando vigor. Mas não são absolutamente indispensáveis. Se, por alguma razão, antes de praticar Kriya Yoga, você perceba que é impssível fazer a série completa dos exercícios de energização da SRF, que foram ensinados na lição 8-A [a execução destes exercícios só requer aproximadamente 15 minutos], pode então realizar, em seu lugar, os 3 exercícios seguintes:

EXERCÍCIO A:
Fique de pé com os ombros juntos, peito para fora, queixo levantado e os braços colocados ao lado do corpo. Expire lentamente, deixando cair a cabeça sobre o peito. Incline seu corpo até que as mãos toquem o piso. Inspire, levando o corpo até sua posição original, ao mesmo tempo em que eleva os braços por cima da cabeça e flexiona o corpo para trás tanto quanto seja possível. Retenha o ar durante um tempo confortável. Exale lentamente e repita o exercício. Faça isto 3 vezes.

EXERCÍCIO B:
Este exercício deverá ser executado com os pés descalsos e na frente de uma janela aberta. Fique de pé, com os ombros para trás, o peito para fora e o queixo levantado. Caminhe sem avançar, isto é, mva braços e pernas da mesma forma como se estivesse marchando. Pratique este exercício de marcha durante 3 minutos ou mais.

EXERCÍCIO C:
Pratique durante um minuto ou mais o exercício B, marchando velozmente.
2. Coma muito pouca carne; preferível é suprimí-la completamente. Nunca coma carne bovina ou de porco. Coma frutas, verduras cruas e legumes em abundância.
3. Jamais pratique Kriya Yoga de estômago cheio. Faça a técnica antes dos alimentos ou, quando menos, 3 horas depois de alimentar-se. O Jejum parcial a base de suco de frutas durante um dia é muito benéfico e efetivo para purificar o corpo das toxinas que se originam da inquietude. Naturalmente só deverá jejuar com a aprovação do médico.
Se não for possível para você fazer Kriya Yoga antes de alimentar-se, ou pelo menos horas depois, não pratique mais de 6 Kriyas por vez.
4. Faça Kriya mentalmente se não estiver bem de saúde, principalmente se tiver algum problema respiratório [resfriado por exemplo], ou de coração. Kriya não produz nenhum dano; não obstante, por causa de seu efeito direto sobre as correntes vitais da coluna vertebral, é preferível não fazer esta técnica quando as correntes espinhais estiverem afetadas por alguma moléstia corporal.
5. É necessário ter em conta que a execução de uma técnica muito avançada, tal como é Kriya Yoga, é incompatível com uma forma desequilibrada de se viver. Os benefícios que Kriya proporciona são acentuados quando se cultiva equanimidade e se evita as excitações ou emoções em excesso, os maus hábitos da dieta, etc. Observe uma etrita moderação em tudo, principalmente na vida sexual. O domínio próprio fortalece a mente e a energia vital, atraindo a felicidade e a paz mental.

F) SEGUNDO KRIYA
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A TÉCNICA DA SEGUNDA INICIAÇÃO

Depois de haver praticado Kriya Yoga, a iniciação mais elevada, de acordo com as instruções indicadas nas lições correspondentes, coloque sua cadeira [a qual deve estar coberta com um cobertor de lã – um lenço de seda, se o deseja] diante de uma mesa suficientemente alta para ao sentar-se erguido, apoie comodamente nela os cotovelos, podendo fechar os ouvidos pressionando os trágus nas aberturas de ambos os ouvidos com os dedos polegares. Coloque os indicadores sobre as pálpebras de olhos fechados. Suavemente e exercendo uma ligeira pressão, faça girar as pontas dos dedos indicadores sobre as pálpebras de olhos fechados, ao mesmo tempo que contrai os múculos do cóccxis e concentre-se para ouvir o som do zumbido de besouro. A concentração positiva no centro coccxigeno negativo chegará a produzir um som e uma luz. Não obstnte, é mais fácil produzir o som. Requer-se um grande desenvolvimento espiritual para ver as estrelas do lótus com pétalas de raios, ou chakras. Sem dúvida, o olhoespiritual das diferentes vibrações dos cinco sentidos inferiores, que se refletem no sexto centro espiritual, ou medula oblongada. Mantenha contraídos os músculos coccxígeno e conserve sua atenção neles até que escute o som do zumbido do besouro; depois relaze os olhos e os músculos coccxígeno.
Concente agora sua atenção na coluna vertebral, uns três ou cinco centímetros acima do centro anterior; contraia os músculos do centro sacro e suavemente, com uma ligeira pressão, faça girar as pontas dos dedos indicadores sobre os olhos fechados, uma vez que se concentra no som da flauta de krishna. Observe a troca de cor do olho espiritual. Relaxe os músculos da região sacra e os olhos.
Suba mentalmente pela coluna vertebral até chegar ao centro lombar que se encontra situado na altura do umbigo. Para localizar este centro com exatidão, contraia bruscamente o umbigo. Mantenha a tensão no centro lombar enquanto gira a ponta dos indicadores sobre os olhos fechados, observando a troca de cor do olho espiritual, e escutand o som profundo de uma campainha. Relaxe as omoplatas e a pressão sobre os olhos.
Suba mentalmente até chegar n centro cervical. Poderá localizá-lo movendo a cabeça rapidamente de um lado para outro até produzir um “ruido” da vértebra cervical. Neste exato ponto, escute o estrondo do mar. Faça girar suavemente a ponta dos indicadores sobre os olhos fechados observando a troca de cor no olho espiritual. Continue concentrando-se até que escute o som do estrondo do mar que procede exatamente do centro cervical; depois relaxe.
Em seguida, faça tensionar os músculos da parte posterior do crânio, na região da medula oblongada, e concentre-se, escutando a sinfonia formada com os sons do besouro, da flauta, da arpa, da campainha e do estrondo do mar, e observe o olho espiritual. Finalmente, relaxe os músculos da região da medula e concentre seus olhos no ponto entre as sobrancelhas [com olhos fechados]. Franza o entrecenho, veja a luz em forma de anel dourado que rodeia o disco central de cor azul, o qual tem uma estrela semelhante a um diamante, e escute a sinfonia dos sons dos cinco centros inferiores à medula oblongada. Suavemente e com uma ligeira pressão faça girar a ponta dos dedos indicadores sobre os olhos fechados enquanto observa a luz. Relaxe as sobrancelhas e os olhos.
Continue praticando o exercício anterior, dirigindo-se mentalmente pela coluna vertebral para abaixo e para cima, concentrando a atenção nos diversos sons que procedem dos diferentes centros, até que as localização dos centros se estabeleçam perfeitamente em sua mente. Esta é a grandiosa forma secreta de localizar os centros.



G) TERCEIRO KRIYA
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MÉTODOS QUE DEVEM SER PRATICADOS

A corrente de Kundalini, que se move até o cérebro, e que é ajudada mediante a união dos nervos situados na ponta da língua e na “campainha” ou úvula e determinados nervos da cavidade nasal, produzem a secreção de um fluído com a união da energia vital e a Energia Cósmica. Esta secreção de néctar e união de energias não significa nenhuma perda, mas sim que cria uma realização espiritual imensa. Este método deve ser praticado regurlamente, pois com esta técnica de comunhão espiritual podemos estimular permanentemente a corrente de Kundalini para desfrutar da comunhão interna e do nécatar ao invés de realizar a união física [sexual] com a perda consequente que é ocasionada pela estimulação do centro coccxígeno.
Os demais centros do eixo cérebro-espinhal, ou seja, os plexos cervical, dorsal, lombar, sacro e coccxígeno podem seer despertados mediante “golpes” psico-físicos que se exercem nas diferenes regiões correspondentes.
Sente-se erguido com a coluna vertebral reta. Com os olhos semi abertos, concentre a visão entre as sobrancelhas. Não franza o entrecenho. Mantenha serena a expressão de seu rosto. Inclinando o corpo para os lados, mova agora ligeiramente a coluna vertebral para a esquerda, logo depois para a direita, transferindo o centro de sua consciência do corpo e dos sentidos para a coluna vertebral. Perceba a coluna vertebral astral e suspenda o movimento do corpo.
Permita que sua consciência se transporte para cima e para baixo, desde o plexo coccxígeno que se encontra na base da coluna vertebral até o ponto situado no meio das sobrancelhas. Concentre-se então no centro coccxígeno e mentalmente entoe OM. Novamente, lentamente suba pela coluna vertebral percebendo mentalmente o centro coccxígeno, sacro, lombar, dorsal, cervical e medular, até chegar no ponto entre as sobrancelhas, entoando mentalmente OM em cada um deles. Quando chegar no ponto situado entre as sobrancelhas, desça novamente, entoando OM no ponto entre as sobrancelhas, na medula oblongada e nos cinco plexos, ao mesmo tempo em que percebe mentalmente os diversos centros. Continue entoando OM nos sete centros, sentindo-os ao mesmo tempo em que se move para cima e para baixo pelo cana espinhal astral chamado Sushumna. Pratique o método anterior até que sinta claramente que sua consciência se transfira do corpo para a coluna vertebral. A prática deste método libertará sua alma das ligaduras da matéria e do apego aos sentidos, permitindo-lhe que escape pelas sete portas astrais e se torne um com o Espírito.
Se praticar corretamente a seguinte técnica, conduzirá sua consciência até um plano espiritual elevado. As pessoas que alcançaram esta realização puderam escrever poesia que lhes foi inspirada por Deus, assi como outras obras de literatura. Mas em todo caso, você adquirirá intuitivamente um grande conhecimento e presciência.
É necessário preparar-se para praticar a terceira iniciação umdecendo o interior da gargante com uma pequena quantidade de azeite de oliva ou manteiga sem sal, que tenha sido derretida. Não os ingira; simplesmente umedeça a garganta com eles.
Sente-se erguido em uma cadeira reta, olhando para o Leste ou para o Norte, se for possível. [É necessário colocar um cobertor de lã sobre a cadeira, que se estenda até o piso, de tal forma que possa colocar em cima dele os pés]. Mantenha a coluna vertebral erguida; os ombros alinhados, o queixo paralelo ao chão, o peito para fora, o abdômen contraído, as mãos entrelaçadas e colocadas sobre o umbigo; os olhos fechados ou semi-cerrados com os globos oculares dirigidos para cima e a vista fixa no meio das sobrancelhas, mas sem que produz cansaço. Faça a seguinte oração:
“Oh Espírito, santos de todas as religiões, Jesus Cristo, Babají, Lahiri Mahasaya, Sri Yuktéswarjí, Guru Preceptor Paramahansa Yoganada, eu os reverencio a todos. Livra minha vida de todos os obstáculos da ilusão e dá-me desenvolvimentos material, mental e espiritual.”
Pratique Kriya Yoga vinte vezes, e em seguida pratique seis vezes a terceira iniciação. Continue praticando desta forma durante os primeiros três meses e depois [dos 3 meses] pratique a terceira iniciação doze vezes.
MÉTODO:
Inspire lentamente e faça subir a corrente fresca desde o cóccxis, pronunciando o som de “ooo” [da mesma forma com que se pratica a inalação de Kriya]. A medida que a corrente sobe pelos diferentes centros da coluna vertebral, entoe mentalmente o seguinte:
1. OM no centro coccxígeno
2. NA no centro sacro
3. MO no centro lombar
4. BA no centro dorsla
5. GA no centro cervical
6. BA no centro da Consciência Crística
A medida que entoa mentalmente estes sons e faz a corrente fresca e o alento ascender do cóccxis até o centro da Consciência Crística, continuamente exerça uma pressão mental para desalojar o alento da parte inferior do abdômen, empurrando-o gradualmente até o esterno e peito. Retenha a respiração e a corrente no centro da Consciência Crística, n ponto situado entre as sobrancelhas. Imagine que toda a energia corporal e o alento estão entrando no ponto situado no entrecenho.
Retendo a respiração, incline a cabeça para o ombro esqerdo, tanto quanto possa e mentalmente entoe TE, concentrando-se na medula oblongada e sentindo que a corrente vital chega a esse ponto.
Com o alento suspenso, incline a cabeça para a direita imaginando que a energia desce simultaneamente com este movimento, chegando no centro cervical. Mentalmente cante BA ao mesmo tempo que que mantém a atenção e a corrente sutil concentradas no centro cervical.
Continue retendo o alento e rapidamente deixe a cabeça tombar para frente de tal forma que o queixo toque o peito. Sinta que a energia, em forma de uma corrente muito tênue e morna, chega ao centro dorsal; simultaneamente entoe SU. Sinta que o alento e a corrente repousam no centro dorsal.
Regresse a cabeça a sua posição normal de tal forma que o queixo volte a ficar paralelo ao chão; continue enviando o alento e a corrente morna para baixo, pronunciando o som de “iii” [igual na respiração de Kriya], e mentalmente cante DE no centro lombar; BA no centro sacro; YA no centro coccxígeno.
Corrente de energia vital fluindo para cima:
1. OM no centro coccxígeno
2. NA no centro sacro
3. MO no centro lombar
4. BA no centro dorsla
5. GA no centro cervical
6. BA no centro da Consciência Crística


Corrente de energia vital fluindo para baixo
6. TE no centro da Consciência Crística
5. BA no centro cervical
4. SU no centro dorsal
3. DE no centro lombar
2. BA no centro sacro
1. YA no centro coccxígeno

H) QUARTO KRIYA
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A QUARTA INICIAÇÃO: A INICIAÇÃO SUPREMA

A iniciação mais elevada, ou seja, a quarta iniciação, difere da teoria e da prática da iniciação anterior só em uma técnica simples, mas muito importante, no qual é extremamente vital para ojetivar finalmente o samdhi astral. A técnica desta quarta iniciação é semelhante à terceira iniciação, mas diferente no seguinte:
No lugar de efetuar o movimento da cabeça uma só vez cantando mentalmente TE, BA SU [com o alento suspenso], repita este movimento da cabeça três [3] vezes, pronunciando TE, BA, SU em cada vez e retendo o alento durante todos os movimentos. Durante seis [6] meses pratique esta quarta iniciação, inclinando 3 vezes a cabeça para a esquerda, direita e para frente.
Posteriormente pode aumentar gradualmente o número de movimentos da cabeça, até chegar a vinte e cinco [25], sempre e quanto possa reter o alento comodamente e sem mal estar enquantO efetua estes movimentos.